Comunicado de imprensa -
O Futuro do SNS esteve em debate na 11ª Conferência Sustentabilidade em Saúde
(Re)veja a transmissão completa da conferência ou leia o resumo abaixo
A AbbVie, em parceria com o Diário de Notícias e a TSF, realizou com sucesso a 11ª Conferência Sustentabilidade em Saúde, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, durante a manhã do dia 18 de abril.
A Conferência contou com a participação de diversos intervenientes de renome. A abertura do evento foi realizada por Rosália Amorim, diretora do DN, Domingos de Andrade, diretor da TSF, e Antonio Della Croce, diretor-geral da AbbVie, que enfatizaram a importância do tema da sustentabilidade na saúde e a necessidade de promover uma abordagem mais consciente e responsável.
A visão de Fernando Araújo sobre o futuro do SNS
O diretor dxecutivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, destacou a importância da análise do futuro do SNS e da sua sustentabilidade, que deve ser composta por três variáveis: ambiental, social e governação. Reconheceu os desafios que o SNS enfrenta, como o crescimento da despesa, a capacidade de retenção de Recursos Humanos e a revolução digital e reforçou ser fundamental trabalhar a transparência com os utentes, melhorar o acesso e atender às necessidades dos cidadãos. Para abordar esses problemas, Fernando Araújo propôs a criação de 12 unidades locais de saúde, a integração dos hospitais psiquiátricos nos hospitais gerais e o desenvolvimento das Unidades de Saúde Familiar, entre outras medidas. Na conferência, foi amplamente defendida a valorização dos recursos humanos e a simplificação dos processos para reduzir a carga administrativa, além de uma maior autonomia das instituições.
Apresentação do Índice Saúde Sustentável
A perceção global dos portugueses sobre a evolução do SNS é positiva, apesar de existir uma perceção negativa em relação aos tempos de espera. Esta foi uma das principais conclusões do Índice de Saúde Sustentável, estudo desenvolvido pela NOVA Information Management School (NOVA-IMS) por Pedro Simões Coelho. Pela primeira vez, o estudo analisou a perceção dos portugueses sobre a evolução do SNS nos últimos dez anos e perspetivas para o futuro. Leia aqui a notícia sobre os resultados do estudo.
Mesa redonda: Evolução e Futuro do SNS
Houve ainda espaço para uma mesa redonda intitulada "O Futuro do Serviço Nacional de Saúde", que contou com a presença de cinco intervenientes. O objetivo foi debater sobre os principais desafios e oportunidades que se colocam para o futuro do SNS, bem como abordar soluções sustentáveis para o setor. O ponto de partida foram os resultados do Índice de Saúde Sustentável.
O Professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa e Presidente do Conselho Científico da NOVA Information Management School (NOVA IMS), Pedro Simões Coelho, destacou, neste debate, a importância dos meios complementares de diagnóstico na evolução das doenças crónicas, o que contribuiu para a avaliação positiva do SNS. Sublinhou ainda a importância da valorização dos profissionais de saúde, a fim de obter melhores resultados no cuidado dos utentes.
António Lacerda Sales, deputado do PS e antigo secretário de estado, considerou positivos os resultados do Índice de Saúde Sustentável, destacando a resiliência e resistência do SNS. Enfatizou, também, a importância da diferença entre sustentabilidade económica e financeira e parabenizou a AbbVie pelo seu foco no desenvolvimento de medicamentos inovadores. Além disso, mencionou a necessidade de melhorar os tempos de espera e o acesso dos portugueses aos serviços de saúde. O deputado salientou que o sistema de saúde continua sub-orçamentado, mas não subfinanciado, e defendeu a importância de um planeamento integrado para resolver este problema.
A intervenção de António Maló de Abreu, deputado do PSD e presidente da Comissão Parlamentar de Saúde, demonstrou uma visão crítica e proativa acerca da situação do SNS em Portugal. Destacou a importância de medidas estruturais para o sistema de saúde, que incluam tanto o setor público quanto o privado, e ressaltou a necessidade de uma abordagem global em relação aos problemas de saúde. O deputado reforçou também a importância dos profissionais de saúde e a necessidade de medidas que reforcem o SNS.
João Almeida Lopes, Presidente da Apifarma, abordou a diferença entre o setor público e privado, enfatizando que, embora os profissionais sejam iguais, os acessos e a rapidez de atendimento são melhores no setor privado. Destacou, também, que o investimento em saúde em Portugal é inferior ao de outros países da União Europeia, apesar de o SNS ser a coluna vertebral da saúde no país. O presidente da Apifarma defendeu a necessidade de digitalização e de uma abordagem mais integrada à saúde, além de salientar a importância dos tempos de espera na saúde, que podem definir uma situação de vida ou morte. Almeida Lopes reforçou ainda que Portugal tem um investimento per capita em medicamentos inferior ao de outros países da UE, relembrando que o investimento em medicamentos tem diminuído nos últimos anos.
Nas suas intervenções Xavier Barreto, Presidente da APAH, enfatizou a importância de alocar recursos de maneira mais eficiente e investir na carreira dos profissionais de saúde, que não são revistas há mais de 20 anos. Refletiu ainda sobre a abordagem feita aos doentes agudos, destacando que é feita da mesma forma há 30 anos e sugerindo um acompanhamento mais próximo dos doentes por outros profissionais de saúde além dos médicos.
Sessão de encerramento com o Ministro da Saúde
O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, encerrou a conferência destacando a importância da iniciativa e dos dados apresentados, realçando as diferenças de perceção entre utilizadores e não utilizadores do sistema, muita vezes influenciada negativamente pela comunicação social na divulgação de que reportam apenas os casos de insucesso. Manuel Pizarro salientou que o SNS é a política pública mais bem-sucedida em Portugal, com resultados positivos na maioria dos parâmetros, embora reconheça problemas com o tempo de acesso e desigualdade social na aquisição de medicamentos. O Ministro afirmou que a promoção da saúde e mudanças de comportamento são prioridades para a política de saúde, e que é necessário continuar a investir em infraestruturas, equipamentos e profissionais para a melhoria do sistema. Encerrou o seu discurso com uma nota positiva: “O SNS é mesmo a nossa maior conquista social”.
A 11ª Conferência Sustentabilidade em Saúde foi um momento importante para fomentar o debate e a conscientização sobre a importância da sustentabilidade na saúde e refletir sobre o futuro do SNS em Portugal.
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