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Inovação e futuro em destaque na 10ª Conferência Sustentabilidade em Saúde

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Inovação e futuro em destaque na 10ª Conferência Sustentabilidade em Saúde

(Re)veja a transmissão completa da conferência ou leia o resumo abaixo


Um vídeo de balanço dos últimos dez anos da saúde em Portugal marcou o arranque da 10.ª Conferência Sustentabilidade em Saúde, promovida pela AbbVie em parceria com o DN e a TSF, e que se realizou no passado dia 3 de maio, no Centro Cultural de Belém. O vídeo contou com depoimentos de quatro ex-ministros da Saúde em Portugal: Maria de Belém Roseira (1995-1999), António Correia de Campos (2001-2002 e 2005-2008), Fernando Leal da Costa (2015), Adalberto Campos Fernandes (2015-2018).

Tal como em anos anteriores, na conferência foi apresentado, em primeira mão, o Índice de Saúde Sustentável, desenvolvido pela Nova Information Management School (NOVA IMS), que avalia a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e revelou, pela primeira vez, dados relevantes sobre a perspetiva dos portugueses face a inovação e futuro na saúde em Portugal. Foi, também, o tema eleito para o debate na segunda parte do evento.

No seu depoimento para o vídeo, Maria de Belém Roseira, ministra da Saúde há mais de 20 anos, explicou que “apesar da austeridade, e antes do aparecimento da pandemia, introduziram-se algumas mudanças que foram muito importantes, designadamente com o apoio da digitalização, das novas tecnologias, e novas formas de organização de cuidados”. Contudo, apontou, o “velho problema” dos recursos humano no SNS, que acredita, “exige um trabalho em variadíssimas vertentes”, tanto ao nível de formação como melhoria de condições de trabalho.

António Correia de Campos, que esteve por duas vezes à frente do Ministério da Saúde, destacou “a resiliência do SNS e a reorganização que, apesar de tudo, foi feita ao nível dos cuidados primários, cuja reforma é agora necessário concluir”. Referiu, ainda, três desafios urgentes para o futuro: “o cidadão ao centro”, o “processo digital único” e os “recursos humanos”.

Para Fernando Leal da Costa, "na próxima década vamos ter de recuperar aquilo que não pudemos fazer nos dez anos anteriores. Quando se esperaria alguma melhoria, continua a haver, na verdade, uma grande contenção na nossa capacidade institucional de saúde que, com o efeito da pandemia, acabou por se tornar particularmente nefasto". O ex-ministro apontou como um dos maiores problemas a falta de profissionais de saúde: "Temos uma perda muito significativa de quadros que o SNS forma e isso tem de ser invertido, pagando melhor e dando melhores condições de trabalho".

"Não existe futuro sem uma boa preparação, que é feita no tempo presente, e com a aprendizagem que trazemos do que está feito no passado", alertou Adalberto Campos Fernandes. Na sua opinião, sustentabilidade é hoje a palavra-chave em todos os sistemas de saúde modernos. "A mensagem mais forte que queria deixar é que a sustentabilidade tem de estar presente no nosso ideário político, mas também na nossa atitude enquanto atores sociais e atores políticos", afirmou.

Depois do vídeo, Antonio Della Croce, diretor-geral da AbbVie, deu as boas vindas. No seu discurso abordou a mudança da AbbVie no último ano e a importância da inovação para o desenvolvimento da sustentabilidade em saúde. A “AbbVie é uma empresa amadurecida com novas áreas terapêuticas e desenvolvimentos do seu portfolio. A nossa missão continua focada no doente e o nosso compromisso com a sustentabilidade. Somos um parceiro de confiança para os doentes, para os profissionais de saúde, as unidades de saúde e autoridades de saúde nacionais. A inovação é parte integrante da evolução e solução a meio prazo para o aumento da produtividade”, disse.


A importância dos medicamentos inovadores

A apresentação do Índice de Saúde Sustentável 2021/22, a cargo do coordenador do estudo, Pedro Simões Coelho, começou por anunciar a evolução significativa do Índice face a 2020, com aumento dos 87,9 para os 92,5 pontos (numa base de 100), referindo que “2021 foi o ano de recuperação na sustentabilidade do SNS”.

Pela primeira vez, foi analisada a perspetiva dos portugueses face a inovação e futuro na saúde, e que apresentou conclusões que o coordenador do estudo considerou “curiosas”. O facto de os portugueses colocarem as doenças relacionadas com a saúde mental no top das doenças mais importantes no futuro (25%), logo atrás das doenças oncológicas (62,8%) e das cardiovasculares (26,1%), “acredita ser fruto da pandemia”.

A generalidade dos portugueses considera importante melhorar o acesso a meios de diagnóstico (97%), à medicina personalizada (96%) e aos medicamentos inovadores (95%). O estudo revela ainda que perto de dois terços dos portugueses (62%) acederam a cuidados de saúde como forma de prevenção e não por se sentirem necessariamente doentes.

“Os grandes desafios do SNS são a produtividade e a revolução digital”, disse Pedro Simões Coelho, concluindo que “o SNS deve sair de uma posição em que dá resposta sobretudo ao que é urgente, trabalhando e apostando mais na prevenção”.

Após a apresentação do Índice de Saúde Sustentável, Óscar Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, e Hélder Mota Filipe, bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, subiram ao palco, para juntamento com Pedro Simões Coelho, comentaram as principais conclusões apresentadas.

Óscar Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Hospitais Privados, considerou que “o SNS está demasiado fechado e não lança pontes com quem tem capacidade de fazer mais", salientando que, apesar de o SNS ter respondido bem "numa série de matérias", precisa de "responder melhor a problemas agudos" e que falta planeamento e mais aposta na prevenção. Já Helder Mota Filipe, Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, defendeu que “o SNS deve aproveitar todas as capacidades instaladas e colocar de lado algum conservadorismo para não obrigar o doente a recorrer a prestadores alternativos. O SNS tem um modelo que não responde ao mundo de hoje".


Inovação e Futuro da Saúde

O segundo painel da 10.ª Conferência Sustentabilidade em Saúde, composto por diferentes especialistas das diferentes áreas da saúde, debateu as questões relacionadas com a inovação e futuro da saúde, como o acesso a medicamentos e terapias inovadoras, a importância da investigação clínica e dos ensaios clínicos.

O painel foi constituído por Rui Ivo, presidente do INFARMED, João Almeida Lopes, presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA), Catarina Resende Oliveira, presidente da direção da Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica, Helena Pereira, presidente da Fundação Ciência e Tecnologia, Alexandre Lourenço, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), e Jaime Melancia, presidente de mesa da assembleia geral da EUPATI Portugal.

O painel concluiu que Portugal precisa de promover um maior investimento em investigação e desenvolvimento e que se deve olhar a inovação como um investimento e não como um custo. Através de políticas de incentivo, e aproveitando as oportunidades certas, é possível criar condições para reforçar a realização de investigação em saúde, com benefícios para o doente, mas também para o processo científico e a economia em Portugal.

A sessão de encerramento da Conferência contou com a presença de Graça Freitas, Diretora-Geral da Saúde, que começou por fazer um balanço dos últimos dois anos de abordagem à pandemia, apontando os momentos-chave e a estratégia seguida, destacando também a importância do conhecimento acumulado em toda a investigação que foi feita neste período, em Portugal e a nível internacional.

"A rapidez da ciência foi muito importante em vários momentos como, por exemplo, na identificação da possibilidade de agravamento dos sintomas Covid ao sétimo dia de infeção. Hoje a saúde está no topo da gestão, apesar de haver muito a melhorar. A pandemia gerou grandes oportunidades de inovação e de investigação que agora temos que aproveitar", concluiu.

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